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Norma de guarda-roupas traz requisitos para uso de vidros

No final de setembro, foi publicada a norma ABNT NBR 17192 — Móveis para dormitório – Guarda-roupas – Requisitos e métodos de ensaio. A elaboração do novo documento técnico foi coordenada pela Comissão de Estudos de Móveis para Cozinha e Móveis para Dormitório (ABNT/CE-015:002.003) e contou com a participação do Comitê Brasileiro de Vidros Planos (ABNT/CB-37).

Avanços na normalização
Atendendo as diretrizes da ABNT, a norma de guarda-roupas teve como escopo a avaliação de desempenho por meio da especificação de requisitos como resistência, durabilidade, estabilidade e também de segurança, independentemente dos materiais, projetos ou processo de fabricação usados. “A motivação maior foi a inexistência de uma norma que tratasse exclusivamente de guarda-roupas, considerando o grande volume de fabricação e diversidade de modelos desse produto”, relata Jorge Massato Kawasaki, coordenador do Projeto de Normalização da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel) e da Comissão de Estudos de Móveis para Dormitório (ABNT/CE-015:002.003).

Segundo Kawasaki, o documento teve como referência a ABNT NBR 14033 — Móveis para cozinha (atualmente em processo de revisão), por sua similaridade em relação às matérias-primas utilizadas, assim como de projeto e processo de fabricação. Outra inspiração é a ISO 7170, uma referência internacional em relação aos mobiliários de armazenamento.

Clélia Bassetto, analista de Normalização da Abravidro, acredita que a publicação da norma de guarda-roupas é um avanço no estabelecimento de regras para a utilização de vidros no setor moveleiro e para a aplicação correta do nosso material.

Orientações sobre o vidro
A participação do ABNT/CB-37 na elaboração da ABNT NBR 17192 diz respeito à aplicação de vidros e espelhos em guarda-roupas: as observações referentes ao uso dos materiais foram reunidas em um anexo da norma. “Conseguimos que o anexo em questão fosse normativo em vez de apenas informativo — ou seja, os requisitos presentes nele devem ser cumpridos”, frisa Clélia.

Jorge Kawasaki explica que foi definida uma série de requisitos quanto à segurança relacionada a vidros e espelhos, considerando-se que esses materiais, aplicados no sentido vertical, estão sempre suscetíveis ao impacto humano ou de outros objetos. Dessa forma, os produtos devem atender a ABNT NBR 7199 — Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações. Foram incluídos também importantes requisitos quanto à altura da aplicação do vidro ou espelho em relação ao piso, bem como a orientação de quando vidros de segurança devem ser utilizados.

De acordo com o texto, se o vidro for utilizado como porta, ele deve ser de segurança, seja laminado ou temperado, atendendo os requisitos presentes nas normas desses produtos (ABNT NBR 14697 — Vidro laminado e ABNT NBR 14698 — Vidro temperado, respectivamente). Caso a peça seja aplicada como revestimento em uma porta, totalmente colada em seu perímetro, poderá então ser um espelho ou vidro comum. O anexo também inclui cuidados para a colagem de vidros e espelhos no substrato do guarda-roupas (a fim de preservar a vida útil e a segurança do produto) e traz recomendações para a limpeza e manutenção das peças.

Este texto foi originalmente publicado na edição 623 (novembro de 2024) da revista O Vidroplano. Leia a versão digital da revista.

Foto: Vadim Andrushchenko/stock.adobe.com

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