Se tudo se concretizar, 2025 promete ser o ano da virada de chave quando o assunto é a maneira como interagimos com espaços e objetos. A ordem será integrar inovação tecnológica, sustentabilidade e humanização. Confira quais os conceitos e o que muda na sua vida prática!
Design: sustentabilidade radical e personalização
O vasto campo do design será impactado por materiais de baixo impacto ambiental e que possuem ciclos de vida mais longos. Devemos ficar de olho nos Bioplásticos, nas fibras de origem vegetal e tudo que vier da vertente dos reciclados, que estarão em alta. A estética minimalista priorizará funcionalidade sem excessos, mas, de outro lado, existe uma ala que não vai abrir mão do maximalismo, é o que revela o Pinterest Predicts 2025. E isso nos leva para outro ponto importante: a personalização, ou seja, todos podem apostar em tudo, sem julgamentos. No maximalismo, é bom que se diga, que entre o vintage e o moderno, o movimento mistura estilos, cores e texturas criando ambientes que celebram o excesso, a complexidade e a experimentação criativa. E, para ir fundo na personalização, a Inteligência Artificial (IA) permitirá que usuários co-criem produtos, de móveis a eletrônicos, adaptados a suas necessidades. Além disso, o design inclusivo avançará, com soluções ergonômicas e sensoriais para diversidade de corpos e habilidades.
Arquitetura: hora de regenerar as cidades
A regeneração urbana vem com tudo. Edifícios que produzem energia, que investem em sistemas que captam água da chuva e integram a biodiversidade local. Fachadas fotovoltaicas e jardins verticais (que teve seu apogeu e depois perdeu força) serão comuns, enquanto estruturas modulares permitirão reconfigurações conforme as demandas sociais. A reutilização de prédios abandonados será visto com outras percepções e reduzirá o impacto ambiental, aliando história à inovação.
Design de Interiores: espaços híbridos ganham adeptos e o bem-estar vira caminho sem volta
Com o home office consolidado, mesmo que as escalas híbridas tenham ganhado espaço, os interiores priorizarão a multifuncionalidade: móveis transformáveis, divisórias acústicas e zonas de descompressão para ativar o bem-estar: aquele cantinho para a meditação, o living com aconchego para maratonar séries, o quarto com o aconchego de um abraço. As cores do ano indicam que tons terrosos vão dominar os próximos meses: Mocha Mousse (Pantone), Marrom Luxo (Suvinil), Chocotino (Sherwin-Williams), Seiva de Cajueiro (Qualyvinil), Torres Vedras (Lukscolor), entre outras criarão ambientes acolhedores, enquanto a iluminação circadiana (que imita o ciclo natural de luz do dia e da noite para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida) será sincronizada com ritmos biológicos. A tecnologia invisível (automação) fará parte do cotidiano: superfícies com carregamento sem fio, espelhos inteligentes e assistentes de voz integrados à decoração.
Tecnologia: IA generativa e realidades imersivas
A IA generativa será ferramenta-chave para arquitetos e designers, que poderão criar layouts otimizados e simulando impactos ambientais em tempo real. A Realidade Aumentada (AR) e o Metaverso (um pouco esquecido nos últimos tempos) voltam como elementos de convencimento do cliente permitindo que ele experiencie projetos antes da execução. Na construção, drones e robôs autônomos elevarão a precisão, e sistemas como o BIM (Modelagem de Informação da Construção) garantirá transparência na cadeia de materiais e ganho de tempo e dinheiro, pela precisão das métricas. A urgência do futuro sustentável
O fato é que todas essas áreas unidas, tem em comum, a busca pela ética ambiental. De móveis feitos de CO2 capturado a cidades que funcionam como ecossistemas, a criatividade estará a serviço da resiliência planetária. Em 2025, o design não será apenas sobre forma ou função, mas sobre que legado essas áreas tão fundamentais para a humanidade irão deixar.