Com expectativa de crescimento, a indústria da construção vislumbra um ano que pode ser a virada de chave, se comparado à 2024. Confira as tendências para o setor
Para a construção civil, o ano de 2024 terminou com a comemoração devido aos bons resultados, mas já de olho nos desafios de 2025, que passam pelos índices da macroeconomia, como a elevada da taxa de juros no país; os impactos da reforma tributária; o acesso ao crédito; e as mudanças climáticas; além dos problemas do dia a dia nos canteiros de obra, com a escassez de mão de obra, por exemplo.
Com o objetivo de traçar os caminhos do setor no curto prazo, aconteceu, em novembro de 2024, o Summit Imobiliário, evento realizado pelo Estadão e pelo Secovi-SP. Na ocasião, Rodrigo Luna, presidente do Secovi-SP, classificou 2024 como um ano de números extraordinários, mas que deixou algumas incertezas no ar.
“Em 2024, pelas estatísticas recentes, tivemos o melhor ano da história do mercado imobiliário em termos de vendas e lançamentos. E, tudo isso, diante de um cenário desafiador, com taxas de juros mais altas do que o setor pode absorver no longo prazo e um crescimento da demanda por habitação de interesse social”. Segundo ele, os avanços do mercado em 2024, podem enfrentar alguns obstáculos em 2025. Luna aponta algumas tendências que podem marcar os próximos doze meses.
As tendências para construção civil em 2025 são:
- Atenção com a alta da Selic
- Avanço do Minha Casa Minha Vida
- Como lidar com a falta de mão de obra
- As mudanças da reforma tributária
- Aposta na industrialização
- Projetos mais resilientes
- Uso da IA
Entre os pontos detalhados, destaque para aumentos de custos, elevações que ficaram acima da inflação. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) cresceu 5,80% no ano(considerando os dados até o mês de novembro). O preço da mão de obra foi o componente que mais pesou nesse sentido, com avanço de 7,67%. Na sequência, aparecem os materiais e equipamentos (4,59%) e serviços (3,97%). Pesquisado em 10 capitais do país, o INCC-M teve o maior percentual de aumento em São Paulo (6,48%), Rio de Janeiro (6,36%) e Recife (6,29%).