O ponto de encontro da construção

Sistema drywall é ideal para hospitais e ambientes de saúde

Conheça as vantagens de usar a construção a seco na reforma e ampliação de hospitais, clínicas e laboratórios

(Foto: Mongkolchon/Adobe Stock)

drywall vem ganhando espaço na construção, reforma, retrofit e ampliação de hospitais, clínicas, laboratórios e demais espaços de saúde. De acordo com a arquiteta e mestre Eleonora Zioni, titular da Asclépio Consultoria, as paredes executadas com o sistema são resistentes e têm espessuras menores do que as construídas com materiais convencionais.

No caso de reforma em edifício existente, a obra é limpa e com melhor performance acústica, considerando o conforto dos pacientes, corpo clínico e enfermagem. O drywall pode ser usado em obra de ampliação de prédio em alvenaria, em um mix de sistemas. E, ainda, receber todo e qualquer material de revestimento próprio dos ambientes de saúde.

O sistema drywall é, ainda, altamente indicado por não conter elementos tóxicos em sua composição – condição crucial em hospitais, clínicas e laboratórios.

Drywall em hospitais suporta a fixação de cargas?

A resistência das placas de gesso empregadas em paredes e forros é elevada, principalmente quando utilizadas soluções de maior performance. Elas possuem capacidade para fixação de equipamentos dentro de edificações voltadas para saúde. “São novos tipos de placas com alta resistência ao impacto de macas e carrinhos. Podem receber o peso de equipamentos médicos como réguas de gases e estativas”, afirma Zioni.

Ela explica que as estativas são equipamentos médicos com braços articulados pendurados na parede ou no forro, que geram uma carga dinâmica. “Isso exige uma boa resistência dos elementos onde estão fixados”.

Corredor de hospital com paredes de drywall(Foto: sveta/Adobe Stock)

Para além das réguas de gases, tomadas e ar-condicionado, as estativas carregam nos ambientes críticos – salas de cirurgia, radiologia e UTIs – materiais pesados como bisturis, monitores de sinais vitais e bombas de infusão, entre outros. Todos pendurados, liberando o piso para as equipes médicas.

“É preciso que um especialista faça o projeto detalhado para o correto espaçamento dos montantes de fixação e, também, para compatibilizar a arquitetura com as instalações”, alerta a arquiteta.

Para correta especificação, é importante que o profissional se atente a capacidade de fixação de cada placa, para selecionar a melhor alternativa para seu projeto.

Exemplo de solução que tem capacidade superior para fixação de cargas é a placa Performa, da Placo. O produto pode receber até 50 kg diretamente em sua superfície, dispensando o uso de reforços. Além disso, traz outras vantagens, como a redução de até 50% de ruídos, resistência a impactos até 50% superior na comparação com as peças convencionais e instalação fácil.

Drywall nas áreas úmidas do hospital

As placas de gesso podem ser usadas em áreas úmidas (molhadas) como chuveiros, salas de esterilização de materiais ou piscinas de reabilitação. “Há um produto específico para esse tipo de uso, que em sua composição leva composto hidrofugante. É a conhecida placa verde, com capacidade de repelir a umidade e impedir a proliferação de micro-organismos no gesso, o que é essencial nos ambientes de saúde”, ensina Zioni.

Para áreas com umidade intermitente, ou seja, sem contato direto com água, é recomendado o uso da placa RU (placa verde) ou Performa RU (placa azul), considerando todos outros componentes que compõe o sistema. Já para áreas com elevado índice de umidade, como é o caso de piscinas cobertas, vestiários, lavanderias industriais e cozinhas industriais, recomenda-se o uso da placa Glasroc X, produto de alta performance que garante maior desempenho e segurança para esse tipo de aplicação.

Quarto de hospital iluminado e com paredes de drywall(Foto: romaset/Adobe Stock)

Forros e paredes em drywall revelam mais rapidamente indícios de infiltração de água em qualquer ponto de uma edificação, apontando a necessidade de manutenção. Vantagem interessante do material é que ele permite realizar facilmente os serviços de reparo sobre o forro ou no interior das paredes. Basta recortar a área da placa para acessar o problema e, depois de feita a manutenção, fechar.

“Sem poeira, resíduos e ruídos, características próprias da construção seca”, comenta Zioni.

Uso do drywall antifogo em hospitais

A segurança associada a resistência ao fogo requer várias ações integradas entre o projeto de arquitetura, as instalações de engenharia e a execução. O uso da placa RF (rosa) com maior resistência ao fogo precisa fazer parte da especificação em conjunto com os demais componentes do sistema, com quantidade de placas de gesso acartonado, larguras, fixações, isolamentos internos e adequação às legislações do Corpo de Bombeiros.

Fachada de um hospital(Foto: shiryu01/Adobe Stock)

“Em locais de saúde, não é necessário usar a Placa RF em todos os ambientes. Apenas nos que são requeridos, como saídas de rota de fuga e compartimentação, e nas salas com maior risco. É indicada, também, na casa de máquinas de geradores, lavanderias e cozinhas”, aponta a arquiteta.

Para esse tipo de uso, pode ser especificada a placa RF, da Placo, que tem resistência ao fogo de acordo com os requisitos normativos aplicáveis. A solução é indicada para instalação em saídas de emergência, escadas enclausuradas, CPDs e paredes de compartimentação.

Drywall e o conforto acústico e térmico em hospitais

O conforto humano é essencial nos ambientes de saúde. Conforto térmico, acústico, luminoso, ergonômico, olfativo e visual são importantes. “Por exemplo, a acústica interfere na privacidade dos pacientes tanto no tratamento como na sua recuperação”, comenta Zioni.

Há, no mercado, placas de gesso acartonado dotadas de componentes isolantes acústicos com maior capacidade em decibéis do que as comuns. O mesmo ocorre nas áreas em que se deseja alcançar melhor conforto térmico.

“Em ambientes de saúde, acrescentamos algum tipo de lã isolante entre as duas placas. Ou seja, podemos usar uma placa acústica, isolante interno e, do outro lado, placa igual ou simples, se não houver uma fonte emissora de ruído. As combinações possíveis são variadas”, expõe, recomendando que o arquiteto consulte o fabricante de drywall para a especificação da melhor solução.

Sustentabilidade

Eleonora Zioni reforça os fatores que fazem do gesso acartonado um material sustentável, a começar pela possibilidade de reciclagem. Com a destinação correta para a indústria de reciclagem, o drywall dá origem a novos produtos, num ciclo conhecido como “do berço ao berço”.

“O sistema reduz os resíduos e o desperdício em obra, o que é um aspecto sustentável. Entretanto, como todo material de construção, precisa ser extraído, produzido e entregue por bons fornecedores que estejam considerando uma produção sustentável. Assim como nós arquitetos devemos planejar a aplicação e a destinação corretas no caso de reformas ou ampliações”, frisa.

Quarto de hospital com paredes em drywall(Foto: Mongkolchon/Adobe Stock)

Por fim, ela lembra que, seja para consultórios, clínicas, centros de saúde, institutos para idosos ou hospitais, os arquitetos devem se preocupar com os critérios essenciais para a boa arquitetura hospitalar: conceber ambientes funcionais, seguros e confortáveis para todas as pessoas que usam os ambientes.

“Quando eu digo ‘seguros’, entenda-se que são em todos os aspectos, desde o atendimento às normas reguladoras e legislação, até segurança física, patrimonial e digital. Ou seja, devemos cuidar das pessoas através dos ambientes”, conclui Zioni.

Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/usar-drywall-hospitais/25050

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