A corrida por soluções construtivas de menor impacto ambiental tem colocado a madeira engenheirada, em especial o CLT (Cross-Laminated Timber), no centro das atenções globais. Ao lado dos sistemas híbridos que combinam aço e madeira, esses projetos vêm se tornando uma vitrine de inovação, sustentabilidade e eficiência — e o mercado não para de crescer.
Desenvolvido na Europa nos anos 1990, o CLT é formado por camadas de madeira maciça coladas em direções cruzadas, o que garante resistência estrutural comparável ao concreto e ao aço. A grande diferença está no baixo carbono incorporado: enquanto materiais tradicionais demandam processos de produção altamente emissores, a madeira armazena o CO₂ capturado pelas árvores em seu crescimento.
Estudos apontam que construções em CLT podem reduzir em até 75% as emissões de carbono em comparação aos sistemas convencionais.
Além da sustentabilidade, a madeira engenheirada traz ganhos práticos de obra: os painéis chegam prontos de fábrica, com cortes digitais de alta precisão, permitindo montagens limpas, silenciosas e até 40% mais rápidas do que no modelo tradicional. Essa agilidade tem atraído projetos corporativos, residenciais e institucionais, em especial aqueles que buscam reforçar credenciais ESG.
Sistemas híbridos: aço e madeira lado a lado
A combinação de estrutura metálica com painéis de CLT amplia as possibilidades arquitetônicas. Os híbridos unem a flexibilidade e resistência do aço ao apelo sustentável e estético da madeira. O resultado são edifícios modernos que carregam não apenas desempenho técnico, mas também uma imagem de inovação e responsabilidade ambiental.
Essa tendência já é visível em campis universitários, prédios corporativos e habitação multifamiliar em mercados como Canadá, Reino Unido e EUA.
Relatórios de consultoria indicam que o mercado global de madeira engenheirada deve crescer mais de 12% ao ano até 2030, impulsionado por metas de descarbonização e pela demanda por obras mais rápidas e limpas.
No Brasil, o uso de CLT e híbridos ainda é inicial, mas há potencial: a abundância de florestas plantadas de pinus e eucalipto cria condições para uma cadeia produtiva robusta. O avanço, porém, depende de marcos normativos mais claros e da disseminação de mão de obra especializada.
A madeira engenheirada e os sistemas híbridos representam muito mais que uma alternativa técnica. Eles são hoje uma vitrine global de baixo carbono, que alia imagem sustentável, agilidade construtiva e inovação, que prometem redefinir a forma de construir nas próximas décadas.
Para se atualizar sobre as novidades e saber mais sobre a crescente no uso de sistemas híbridos de 04 a 06 de novembro acontece, em São Paulo, a primeira edição da Construlev Expo, evento que promete transformar o cenário da construção civil no Brasil. A feira promete ser o ponto de convergência para todos os profissionais e empresas que buscam adotar práticas modernas, sustentáveis e eficientes, focadas em tecnologias como drywall, construção modular, steel frame e wood frame.
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